
A brincadeira não importando a cultura é de grande importância para o adulto e principalmente para as crianças. Hoje brincadeiras e jogos que usamos em nosso dia a dia muitos são de origem indígena como peteca e perna de pau, outras não são tão conhecidas.
Jogo
de gavião
Todas
as crianças, meninos e meninas, formam uma grande fila, cada um agarrando o
corpo do colega da frente com as mãos. A brincadeira pode começar com a criança
mais alta do grupo, representando o gavião. Este se posta a frente da fila e
grita piu. Esse som representa a chamada do Gavião que quer dizer “estou com
fome”. O primeiro jogador da fila estende a perna direita depois a esquerda
para a frente e pergunta: quer isso? O gavião responde negativamente, repetindo
a brincadeira com cada jogador até chegar à última criança. A esta o gavião diz
sim e parte para sua perseguição, correndo para qualquer lado da fila. Os
demais jogadores tentam impedir que o gavião pegue o último da fila,
contorcendo a “corrente” para a esquerda e para direita. Nesse momento os
menores acabam caindo no chão, criando um grande alvoroço. Se o gavião
conseguir atingir o seu objetivo, volta a seu posto para fazer uma nova
tentativa. Quando conseguir pegar a presa, leva-a para um lugar escolhido como
seu ninho, prosseguindo o jogo até que o último da fila tenha sido pego.
SOL E
LUA - üacü rü tawemüc’ü
Essa
brincadeira também é conhecida em outras localidades com outros nomes como
PASSARÁ DE BOMBARÉ.Crianças dispostas em coluna por um, segurando na cintura do
que está à frente. Duas outras crianças, representando o SOL E A LUA, fazem uma
"ponte", mantendo as mãos dadas acima. Cantando, as crianças passam
sob a ponte várias vezes. Numa das vezes o Sol e a Lua prendem o último ou os
dois últimos. Perguntam-lhe para que lado querem ir. A criança escolhe e vai
colocar-se atrás do Sol ou da Lua. E assim continuam até terminar. Quando todas
as crianças passam, têm-se dois partidos. A duplas mantém os braços dados, e
todos mantêm-se segurando na cintura do colega da frente. Vão puxar-se, para
ver que partido ganhará. Ganhará aquele grupo que conseguir "puxar" o
outro. E puxam várias vezes, marcando ponto para quem consegue derrubar ou
desarticular o outro partido.Nesse jogo vê-se não somente o uso da força. Surge
a questão do poder de decisão, que é colocado em evidência. É dada à criança a
opção de escolha do partido ao qual quer pertencer. Além disso é também
trabalhada a noção de equipe, de conjunto, pois é todo um partido fazendo força
para puxar o outro partido.
CABAS
- Maë
As
crianças são divididas em dois grupos: um de roçadores e outro que representa
as cabas. Essas sentam-se frente à frente numa pequena roda, cada uma segurando
na parte de cima da mão do outro, como se fosse o ninho de cabas. Cantam e
balançam as mãos para cima e para baixo. Os roçadores fazem movimentos com os
braços, como se estivessem roçando sua plantação até chegar próximo ao ninho de
caba. Um deles, sem perceber bate no ninho e as cabas saem a voar e a picar os
roçadores. É um salve-se quem puder.As cabas ou marimbondos são insetos muito
comuns nas matas.
GAVIÃO
E GALINHA - O’ta i inyu.
Uma
criança mais forte é escolhida para ser o gavião, ave forte e comedora de
pintinhos. Outra criança representa a galinha, que fica de braços abertos,
tendo atrás de si todos os seus pintinhos. O gavião corre para tentar comer um
dos pintos, mas só pode pegar o último. A galinha tenta evitar dando voltas e
mais voltas, impedindo que o gavião pegue seu pintinho. O gavião só pode pegar
o pinto pelo lado. Não pode tocar por cima. Quando ele consegue, come o
pintinho, ou seja, a criança fica de fora da brincadeira. Algumas vezes a
criança passa a ser também gavião.Essa é uma brincadeira comum entre as
crianças. Quase todos conhecem. Em outra localidade pode até mudar de nome, mas
sempre há a figura do gavião como aquela fera que vem para comer os pequenos animais
que não podem se defender.
MELANCIA
- Woratchia
Crianças
representam as melancias, ficando agachadas, em posição grupada, com a cabeça
baixa, espalhadas pelo terreno. Existe o dono da plantação de melancias, que
fica cuidando, com dois cachorros. Existe outro grupo, que representa os
ladrões.Os ladrões vêm devagar, e experimentam as melancias para saber quais
estão no ponto de colheita, batendo com os dedos na cabeça das crianças. Quando
encontram uma melancia boa, enfiam-lhe um saco, e saem correndo com ela. É aí
que o cachorro corre atrás do ladrão para evitar o roubo.
VIDA
Jogo
de bola semelhante à "queimada". Dois partidos, em seus campos. Uma
criança lança a bola e tenta acertar em alguém do outro partido. Se conseguir
acertar e a bola cair no solo, a criança "queimada" sai do jogo.
CURUPIRA
Uma criança
fica com os olhos vendados. A outra vem e faz com que aquela dê três voltas
girando. Depois, ela pergunta: "que que tu perdeu"? E ela responde
"perdi uma agulha; perdi um terçado; E todas as crianças fazem suas
perguntas. Quando chega a vez da última criança, esta pergunta-lhe o que o
Curupira quer comer. Quando o curupira tira a venda e vê que não tem a comida
que ele pediu, sai correndo atrás das crianças e todos saem em disparada para
não serem apanhados. Quem for apanhado passa a ser presa do curupira ou vai
desempenhar o seu papel.
Disponível
em: http://www.motricidade.com/index.php?option=com_content&view=article&id=135:brincadeiras-e-jogos-da-crianca-indigena-da-amazonia-algumas-brincadeiras-da-crianca-tikuna&catid=48:docencia&Itemid=90
acesso em 26 de agosto de 2010.
JOGO DA
ONÇA
Este
jogo é jogado no chão, com o tabuleiro traçado na areia. No lugar de peças, os
índios utilizam pedras. Uma pedra representa a onça e outras 14, bem parecidas,
representam os cachorros. Ele é jogado por dois jogadores. Um deles atua como
onça, com o objetivo de capturar os cachorros do adversário. A captura é feita
como no jogo de damas. O jogador que atua com os cachorros tem o objetivo de
encurralar a onça e deixá-la sem possibilidade de movimentação.
Disponível
em: http://criancas.uol.com.br/novidades/ult2367u73.jhtm.
Acesso em 26 de agostro de 2010.
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